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A Saúde Mental dos Jovens e o Impacto da Tecnologia

O uso excessivo de tecnologia está afetando a saúde mental dos jovens, aumentando a ansiedade e o isolamento. Como equilibrar o mundo digital sem comprometer o bem-estar? Descubra o impacto real das telas e o que pais e educadores podem fazer.


A saúde mental dos jovens está em risco. Ansiedade, depressão e isolamento social atingem a Geração Z, e estudos apontam um dos principais culpados: o uso excessivo do celular e redes sociais. Pesquisas indicam que quanto mais cedo uma criança recebe um smartphone, maior a chance de desenvolver problemas emocionais. O excesso de tecnologia na infância pode comprometer a aprendizagem (déficit de atenção, concentração, raciocínio lógico, imaginação e memória), autoestima, gerar dependência digital e reduzir as habilidades sociais.

Os pais e educadores enfrentam o desafio de impor limites ao uso de telas. Especialistas alertam que a ausência de regras claras pode prejudicar o desenvolvimento da inteligência emocional e da capacidade de lidar com frustrações. O juiz Emilio Calatayud destaca que uma educação sem disciplina pode criar adultos imaturos e vulneráveis, conforme comprovamos nos dias atuais. Por isso, definir horários para o uso de dispositivos e incentivar atividades offline (maior contato com a natureza, mais amigos no playground do prédio, visitas culturais na cidade, espetáculos públicos -teatro municipal, etc -) são estratégias essenciais para proteger a saúde mental infantil.

Além disso, o acesso irrestrito à internet e conteúdos inadequados podem distorcer a percepção da realidade. O consumo precoce de redes sociais, pornografia e jogos online está ligado a transtornos como ansiedade e compulsão. Proteger as crianças e adolescentes não significa privá-los da tecnologia, mas sim ensinar um uso equilibrado. Amar um filho não é ceder a todos os seus desejos, mas prepará-lo para a vida com maturidade e equilíbrio.

Segundo a Academia Americana de pediatria, é aconselhado que os pais vigiem o tempo de uso de telas de acordo com os seguintes critérios:

Entre 0 e 2 anos – zero de telas
2 a 7 anos – 40 minutos
7 a 11 anos – 2 horas
11 a 18 anos – 3 horas

Segundo pesquisas recentes, a média nacional está em torno de 5,5h na adolescência. As consequências desse abuso já se comprovam atualmente no índices do IDEB (índice de desenvolvimento da Educação Básica).